sábado, 27 de dezembro de 2014

A volta do Guitar Crazy! - Atomic Drive (ex meteoro)

Então galera, eu disse que iria deixar o blog em Stand-by, pois é, retornei e com muita coisa boa.
Agora final de 2014, reformei meu Meteoro Atomic Drive 20watts Rms.
Fiquei um tempo fora de tudo, aprendi um pouco de eletrônica, mexi em muita coisa, fiz muita arte, estourei uns capacitores, queimei um transformador...Mas de resto está ok.

Me decidi que iria modificar meu Atomic, ele é bem antigo, tem componentes legais, placa de fibra, alto falante de 8 polegadas, um canal sujo que era horrível e um clean pobre de algumas frequências!

Tirei ele do modo Cubo, desacoplei ele da caixa, dando assim maior espaço para o alto falante de 10 polegas que reservei para ele!


Eminence Legend 1058, Made in USA.

Logo após isso, tive que fazer um out Speak, a saída foi colocar um P10 na parte de trás do chassi do sujeito! 












Continuando a modificação ou "as modificações" eu sentia um drive muito mal projetado para esse amp, achava ele com ganho excessivo, sem definição, sem peso e etc...Ou seja, inutilizável. 
Chequei o esquema, reparei que o drive era gerado por um Clipping, ou seja, eram dois diodos (Led) quem davam o resultado da bagaça toda. 
Toquei os Leds Vermelhos do clipping por diodos de uso comum, o mesmo utilizado no mini fuzz Bertola, o 4148. O som por incrível que pareça, ficou definido, com um ganho legal, timbre legal e mais puxado pra um overdrive, ao invés de um drive. Ou seja, já está pronto para uso. 










Após isso, tinha uma arte no painel do amplificador, na qual continha o modelo do amplificador, aquela arte era muito feia, assim como todas as da meteoro são, inclusive o logo.
Tratei de tirar ela, vi que a placa de metal era toda dourada e com acabamento de aço escovado, peguei uma lixinha 1000 d' água e fiz o serviço "sujo", logo após removido eu poli e está tudo certo!






Logo após tudo isso eu voltei para a placa e mudei algumas coisas no pré, com a falta de equilíbrio entre algumas frequências, a falta de dinâmica, o estilo no qual os pots agiam no circuito, eu fui trocando alguns componentes e testando, quando chegou ao meu gosto eu parei! Não tirei fotos, mas as mudanças foram poucas, troquei um ou dois potenciômetros, troquei alguns valores e alguns capacitores eletrolíticos por capacitores de poliéster. Fiz essa troca de tipos de capacitores pois percebi que os Rádios Phillips vinham somente com capacitores de poliester, e continham uma sonoridade vintage inconfundível, foi na vontade de um timbre mais vintage e na necessidade de testar isso na prática...Minha teoria estava certa, mudou, e mudou muito, chega ser perceptível, e muito!

Logo após tudo mesmo, eu montei a criança!


Para encerrar o post:


Perguntas que me fizeram em grupos do Facebook e whats app:

Jaderson, porque tu não manda esses mods pra Meteoro?
- Nada adianta mandar para eles, boatos de que atendem mal os clientes pelo SAC. Imagina eu, um handmade maluco mandando um esquema ou modificações para um engenheiro da meteoro que tem mais de 20 anos de experiência e é graduado! Nunca aconteceria!

Qual a característica do som dele, tanto no canal clean, quanto no drive?
 - Então, eu o "projetei" para tocar uns blues, country e rockabilly. Ele não é um tube amp, mas aguenta "serenamente" o serviço. Ficou com um clean mais puxado para os fender transistorizados, 212, por exemplo.
Quanto ao drive, ficou bem agradável aos ouvidos, e utilizável, arrisco dizer que é melhor que o overdrive que eu tirava do pedal Behringer GDI21 que eu tinha.

Os resultados foram satisfatórios?
- Com toda a certeza, eu poderia dizer que superou as minhas estimativas e o que eu esperava para esse amp. Eu deveria fazer isso mais vezes e fazer um bem danado a alguns Meteoro. kkk

Por fim, fiz todos esses mods em apenas 2 dias, mas trabalhando direto nele na bancada. Poderia ter mexido mais, mas ele já está bom assim, melhor que antes, ao menos. 
No futuro, não muito distante, eu mexerei nele novamente!
 
Thanks garotada! Continuem acompanhando ai o blog, e feliz 2015! 




domingo, 29 de junho de 2014

Comunicado Importante

Galera, venho comunicar todos que por algum motivo estão acessando o blog, e estão ou estavam acompanhando as matérias/postagens que estarei fechando, ou deixando em standby o blog.
Sim, deixarei por um bom motivo, estou com muita demanda fazendo vídeos e material para o youtube, além de dar algumas aulas e tudo mais.
Meu canal do youtube está ai https://www.youtube.com/user/jaimuller
Quem quiser me achar e tirar dúvidas, acompanhar meu trabalho e tudo mais, tenho lá os links para todas as redes.

Peço desculpas a todos, mas a demanda de minha presença e com os acessos e pedidos, além da necessidade que vejo hoje em alguns temas, sim, virei youtuber, não estava no planejamento, mas um dia tudo muda, nada dura para sempre, Guitar Crazy é uma delas!

Até gurizada medonha!
Se inscrevam no meu canal, deem joia e tudo mais nos vídeos!

domingo, 25 de maio de 2014

Marketing Musical

Vamos lá, galera. Deixando em Standby o assunto peças e instrumentos.

                                             
                                               Vídeo explicativo para complementar o assunto.

Marketing pessoal.
O que faz um artista ou músico ser bom hoje em dia? A qualidade que ele tem, a técnica e feeling ou o marketing pessoal e incisivo feito na sua imagem por uma grande agência, ou até por ele mesmo?
Pois bem, para quem entende de música, tem bom gosto e reconhece um bom músico, o marketing não faz muita diferença na sua escolha ao formar uma opinião. Ok?

Marketing incisivo.
O que faz um instrumento ser bom para você? A marca? O timbre? O modelo?
Mais uma vez, o que faz as grandes corporações ainda venderem suas guitarras? Fender, Gibson e Ibanez...
São marcas que vivem por seu passado glorioso e grandioso imposto por seu marketing, temos diversas marcas com preços mais em conta e com timbres fantásticos, podendo até fazer valer mais que uma guitarra de uma dessas marcas gloriosas...
Hoje para quem entende e sabe o que é um bom timbre e não vai pelo mercado marketeiro, consegue guitarras por um preço muito bom e timbres ótimos, além de livrar-se de levar um produto engrandecido mas que na verdade não é o que vale a marca. Entenderam?

Pois essa "aula" super técnica serve para alertar de certa forma a identificar bandas e artistas engrandecidos pelo marketing, mas nem sempre esse marketing desejado é alcançado, mas isso será assunto para outro post. Quanto as guitarras e marcas ficam a critério de você acreditar que ela é realmente boa e que vai render isso que é apresentado em um primeiro plano.

***Não esqueçam, o marketing não é feito para divulgar uma mentira, isso é pilantragem, marketing de verdade é feito com ética e sempre se adequando as necessidades do público.

domingo, 18 de maio de 2014

Tagima T635, a lenda.

Pois bem, o conteúdo contido nesse blog não é de forma alguma para denegrir ou ofender alguém, é apenas para uso didático, alertando sobre alguns problemas ou situações encontradas na música.




A guitarra em si é uma modelo já consagrado da marca, muito consagrado na década de 90, quando ainda tinha o Sr. Seizi Tagima nas entranhas de suas fábricas, rs.
Então por algum motivo desconhecido o mestre japonês decidiu parar a produção do modelo por algum tempo, mas tudo tem um fim, chegado o fim desse jejum de T635 a fábrica voltou a todo vapor a fazer o tal modelo consagrado.
Pois bem, muita água passou por baixo da ponte, a Tagima mudou seu headstock, mudou alguns componentes de hardware da nova reedição do modelo, e vinha com a proposta desafiadora ao mercado competitivo de que iria fazer 100% da produção dessas guitarras nas terras Tupiniquim, o Brasil .
Aconteceu que a guitarra ficou com esse headstock.


É, um bico de papagaio, esse é um dos headstocks da nova edição da 635.
A Tagima teve um grande "problema" ao fazer um marketing incisivo de seus produtos, em especial ela, a consagradinha do Brasil.
Com esse marketing pesado, os planos de fazer uma guitarra 100% em Terras Tupiniquins foi por água abaixo, pois a demanda de produtos era tanta, a guitarra caiu tanto no gosto da galera que não conseguiam mais manter a produção no Brasil, partindo assim para a Ásia, mais precisamente, CHINA.
Mas o por qual motivo, obviamente lá a mão de obra é mais barata e a produção é feita em quantidades maiores, sendo assim partiram e mudaram o headstock das 635 chinesas.
Abaixo o chinês, sem o Hand Made in Brazil abaixo do Logo.
Mudando também a fonte de escrita.


Mas senhoras e senhores, esse não foi a única diferença, além disso as brasileiras vem com número de série, e as chinesas nem a data de fabricação, a placa de metal que une o corpo ao braço também, a da chinesa era lisa.
E a da brasileira vem marcado a laser, provavelmente o logo da marca.

Mas toda a produção está na Ásia?
-Não, temos uma pequena parcela de Hand Made in Tupiniquim sendo feitas aqui, fiquem felizes.
Mas está difícil de achar em lojas por aqui, eu tive a sorte de adquirir um modelo desses, porém Made in Brazil mesmo, e peguei uma outra chinesa, a azul ali das fotos. Coloquei ambas lado a lado e percebi além da estética o timbre. Baaah, que timbre a brasileira, arrisco dizer que é muito melhor que umas Mex por ai.
Creio que a ideia inicial da Tagima ao transferir a produção para a Ásia não era passar a perna em ninguém, e sim atender todos os pedidos inúmeros da T635. Isso vai muito além do desejo de ter uma guitarra totalmente fabricada em nossas terras, isso creio eu que seja devido a questões administrativas, pensando pelo lado de que a marca foi vendida, é de fato aceitável, já que não pode-se fazer nada.



Base para um bom instrumento, madeiras!

Olá, galera. Vamos ao primeiro post do Blog, o Guitar Crazy.

Todo bom músico ou luthier sabe que um bom instrumento começa com boas madeiras antes muitas vezes de escolher o Hardware ( Captadores, ponte e tarrachas).
Temos aqui uma lista de algumas madeiras muito usadas por luthier's e fabricantes, fiquem ligados!

Abaixo estamos vendo o marupá, madeira usada principalmente em corpos de guitarra, estando presente em instrumentos custom shop até fábricas como a Tagima.


Além do marupá, temos o Alder, usado por diversas marcas consagradas na construção de corpos.


O basswood, geralmente encontrado em guitarras de preço mais acessível, como Condor, Memphis, Eagle e etc...



Após alguns exemplos, temos também o Mogno, esse sim, temos muito o que falar dele, muitas pessoas acham que mogno é tudo a mesma coisa, dizendo a grosso modo, sim, são todos da mesma "Família", mas você sabe que existem mais de 20 espécies diferentes de mogno, né?
Pois bem, eu também fiquei assustado, confesso, mas encontramos geralmente 2 espécies nas guitarras fabricadas em Custom Shop e Fabricação de grandes quantidades. O mogno geralmente usado em modelos como SG, Les Paul e Flying V. Mas isso não te impede de fazer ou mandar uma Tele ou Strato de Mogno, tenha isso em mente, na música toda tentativa de buscar ou explorar um timbre diferente é SEMPRE válida.


Corpo de uma Strato em Mogno Brasileiro, hoje por questões ambientais não se é tão fácil de comprar mogno para a utilização em quaisquer meios de produção. Conversando com meu avô, o coroa me surpreendeu dizendo que antigamente (20,30 anos atrás) era possível ir em qualquer serraria e adquirir por uma pechincha uma grande quantidade, me falou isso sorrindo, lembrando dos bons e velhos tempos.
Mas citei que são usadas duas qualidades de mogno, porém vocês viram somente uma delas por enquanto, pois bem, chegou a hora da segunda espécie, o mogno africano, esse não é tão consagrado por aqui, é usado em algumas linhas de violões da Tagima, encontramos eles nos Dallas, Vegas e Kansas, entre outros.

Colocando em Stand By por enquanto as madeiras de corpos, vamos por último e não menos importante o braço do instrumento, pois depende dele também o Sustain final do projeto.
Pois bem, muitos músicos no início de meus estudos me falaram que a madeira quanto mais escura, melhor para a construção e o resultado do timbre do instrumento, mas vemos que não é vero, pois temos ai o maple sendo usado pela Fender desde os primórdios da Telecaster, e é usado até hoje, em Stratos, Teles e algumas linhas acústicas utilizam a madeira de aspecto claro, o Maple.

Braço fender em maple de uma American.
Madeira com um Agudo típico, lembrando de primeira o som mais vintage das Tele e Strato.

Temos também o Rosewood na escala, madeira de aspecto escuro e muito poroso.

Detalhe do contraste do maple e a escala mais escura, essa construção é muito interessante, pois ao meu ver da um certo equilíbrio entre graves e agudos em alguns modelos. Construção também usada pela Fender, Tagima, Squier, Condor, Memphis e etc...Em fim, sendo usada desde marcas que ganham destaque pela qualidade e marcas que são mais lembradas pelo custo mais acessível.

Temos além disso o Marfim, madeira muito parecida tanto em timbre quanto visualmente com o maple.
Certa vez até em uma aula eu lembro que eu e meu professor tentamos ver a diferença imperceptível do Marfim das nossas guitarras com o maple de uma Ibanez dele, foi muito louco, fiquei mais confuso ainda, até pesquisar bem sobre ambas madeiras.


Dando destaque a essa linha da Tagima por usar o Marfim na composição de todo o braço, sendo ele One Piece, traduzindo, Uma Peça...

Pois bem, chegamos ao final desse post, espero muito que tenham gostado desse breve resumo, fiquem ligados no nosso blog e teremos outros posts interessantes em breve!